CRIMINOSA!
Quando as folhas
das árvores caíssem
e os pássaros dormissem
sobre os poleiros nus dos ramos,
prometeste que voltavas
para me aquecer
com a beleza e o carinho
do manto verde do teu corpo.
Em vão me sentei
à tua espera,
a olhar a nudez
feia das árvores
e os pássaros
como pedras frias
pousadas nos braços negros
e desesperados
da ramagem solitária do dia-a-dia.
CRIMINOSA!
Roubaste-me a esperança,
assaltaste-me o cofre feliz da alma
e enfiaste a dor
como a lâmina de uma faca
até ao fundo do meu coração.
CRIMINOSA!
Deixaste-me aqui a morrer,
lentamente,
sem qualquer assistência,
num requinte de violência,
recordando os momentos apaixonados
de um Amor assassinado.
Chamusca, 31/07/2013
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