SÓ OS CRAVOS SÃO LIVRES
Foste tu
com os dedos
engatilhados de paz
que disparaste uma
rajada de pétalas
sobre o coração
torturado de Portugal.
Jardineiro de farda
no esplendor da
Primavera,
floriste por entre as grades
com as mãos púrpuras,
imaculadas de
Liberdade.
Se algum dia em
Portugal
houve uma promessa de
flores
e um cheiro de jardim
foste tu,
cravo encarnado,
que semeaste a
esperança
na raiz do povo.
A tua alma,
terra lavrada,
mãos calejadas,
suor em bica,
espírito fraterno,
brotará eternamente
numa história intemporal,
na luta sem tréguas de
ser Livre,
de ser Português.
(A SALGUEIRO MAIA, um HOMEM DE CONSCIÊNCIA LIVRE).
Chamusca, 25/04/2014