São 3 os sentimentos que pulsam na minha
escrita: a AMIZADE, a FAMÍLIA e o AMOR. No meu entender, só se os praticarmos podemos ser
verdadeiramente humanos e felizes.
Quando escrevo, faço um apelo à SOLIDARIEDADE: que juntemos as nossas
vontades na construção de um Mundo mais FRATERNO.
Tenho a preocupação de falar sobre a vida
comum de todos nós, com dificuldades e sofrimento, mas também como uma nascente
de alegria.
Procuro a realidade e as memórias com os
olhos bem abertos, sem medo de encarar a vida, e com a consciência de que em
meu redor existem muitas pessoas felizes, com valores e princípios, com as
quais continuo a aprender, mas também demasiada gente solitária, perdida e
infeliz que necessita da urgência da nossa ajuda.
O meu oitavo livro foi lançado ontem, na
Biblioteca Ruy Gomes da Silva, na Chamusca, perante uma sala cheia de público.
Falámos de Avieiros, do Tejo, da faina do dia-a-dia e do sangue, como um rio, à
procura de desaguar na verdadeira razão do seu destino: o AMOR.
“NO
SANGUE CORRE-ME O TEJO”, é um lançar de redes na correnteza
das nossas almas para pescarmos fartos cardumes de humanidade e de esperança.
Obrigado a todos os que ontem pescaram
comigo, com as mãos cobertas de escamas e o coração emalhado de afectos.
A bateira que serviu para divulgar o evento, como forma de transmitir conhecimento de uma realidade e também de divertimento para os mais pequenotes.
Ladeado à esquerda pelo coordenador editorial, João Serrano, e à direita pelo apresentador da obra, José Braz.
SENHORA DO TEJO
Poema dedicado a Maria Vicência Grilo, que aos 83 anos ainda pesca no Tejo. Poesia que pretende ser um tributo a todas as mulheres avieiras.
Agradecimentos a Victor Gago pela sua colaboração fotográfica no livro e pela sua ajuda permanente (a maioria das fotografias publicadas nesta página são da sua autoria).
A Joaquim José Ponceano e Lurdes Couto pela cedência do barco e das redes para o evento e pela sua atenção inexcedível.
A José Braz pela excelente apresentação do Livro.
A João Serrano por me ter convidado para escrever este livro, incluído numa candidatura a nível nacional e internacional: "Os Avieiros a Património Imaterial Nacional e da Unesco".
A João José Bento pela declamação de poemas e pela colaboração e Amizade.
A Ana Quinteiro por outras fotos publicadas nesta página e pela sua atenção para com o meu trabalho.
A todos os presentes.
À minha família por me amar tanto e a todos aqueles que diariamente me agradecem por escrever e me incentivam para o continuar a fazer.
Declamando o poema "Senhora do Tejo"
A bateira que serviu para divulgar o evento, como forma de transmitir conhecimento de uma realidade e também de divertimento para os mais pequenotes.
Sentado à ré da bateira.
Ladeado à esquerda pelo coordenador editorial, João Serrano, e à direita pelo apresentador da obra, José Braz.
Declamação de um poema por João José Bento
SENHORA DO TEJO
Poema dedicado a Maria Vicência Grilo, que aos 83 anos ainda pesca no Tejo. Poesia que pretende ser um tributo a todas as mulheres avieiras.
SENHORA DO TEJO
São remos
os seus braços
que lavram o ventre
do rio,
lançando a sementeira
das redes
nas nuvens profundas
da areia,
recolhendo o suor das
águas
com as mãos calejadas
de escamas
e a gestação feliz de
um cardume.
O seu primeiro grito
nasceu e foi
arrancado
das guelras do Tejo
e ecoou como um beijo
sob a superfície do
céu,
iluminando as
estrelas
num parto de luz.
O barco
foi seu berço,
sua casa,
o embalo,
o resguardo,
o emalhar de uma vida
pescando a
sobrevivência.
Navegou contra a
corrente
sulcando a correnteza
do tempo,
rasgando as margens
da alma
com o corpo ferido
pelo desejo
dos anzóis da
liberdade.
Envelhecido o teu
rosto
é um pergaminho de
memórias,
onde posso ler o que
somos
depois de tantas
perdas e vitórias.
Senhora do Tejo,
nos teus olhos vejo o
sol,
que se reflecte,
alegre,
luminoso e
transparente,
no interior do teu
sangue
que é um rio.Agradecimentos a Victor Gago pela sua colaboração fotográfica no livro e pela sua ajuda permanente (a maioria das fotografias publicadas nesta página são da sua autoria).
A Joaquim José Ponceano e Lurdes Couto pela cedência do barco e das redes para o evento e pela sua atenção inexcedível.
A José Braz pela excelente apresentação do Livro.
A João Serrano por me ter convidado para escrever este livro, incluído numa candidatura a nível nacional e internacional: "Os Avieiros a Património Imaterial Nacional e da Unesco".
A João José Bento pela declamação de poemas e pela colaboração e Amizade.
A Ana Quinteiro por outras fotos publicadas nesta página e pela sua atenção para com o meu trabalho.
A todos os presentes.
À minha família por me amar tanto e a todos aqueles que diariamente me agradecem por escrever e me incentivam para o continuar a fazer.
Parabéns pelo lançamento de mais uma obra. Faço votos que o teu rio de criatividade se transforme num mar infinito.
ResponderEliminarparabéns. haja sangue onde corram rios e mares.
ResponderEliminarabraço
Você é um homem ativo na cultura sobretudo, da Chamusca. Tem uma noção de coletivo, que tem vindo a perder-se ao longo do tempo. É por isso, generoso. Continue, Carlos. Parabéns e obrigada.
ResponderEliminaranaquinteiro