Procuras
o tempo, como se ele fosse a pergunta essencial da tua existência. Quanto tempo
terei de vida? O que farei com o meu tempo? Quanto tempo sobreviverá este
relacionamento? Quanto tempo durará o amor e a dor? A guerra e a paz?
Num
determinado tempo terás todas as respostas. Não adianta desperdiçares o teu
tempo a correres atrás do tempo. Porque se te fixares apenas no tempo não terás
tempo para viver aquela vida sem tempo, onde farás todas as coisas sob a
influência simples da vontade. Sob a liberdade espiritual que te orientará sem
ponteiros.
Porque
na verdade o tempo é somente uma desculpa para dizeres que não tens tempo para te
entregares. E enquanto isso nada dás de ti mesmo e passas rapidamente sem um
rasto na efémera disposição do tempo. Por isso sai do interior do mecanismo desse
relógio e vive a noção do tempo.
Cria
amizade, amor, gestos simples e altruístas. Constrói todas as espécies de
dádivas no teu dia a dia. Os teus amigos, a família, as pessoas em geral,
precisam que sejas pontual na atenção, nos afetos e na sensibilidade. Não sejas
egoísta, não penses demasiado em ti, senão no final de toda a tua incessante
procura a única e verdadeira certeza que terás é que perdeste o teu tempo
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