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domingo, 15 de dezembro de 2013

VIVE!

Disseste-me que a vida é tão veloz,
quanto uma bala a ferir o tempo
e a atingir o coração.

Que sonhavas tornar-te um espírito
e num disparo de asas
defender-te do medo
com as penas,
leves,
da ilusão.

E vivias a fugir
como uma borboleta do bico do pássaro,
um pardal das garras do milhafre,
uma águia da espingarda do caçador,
porque as asas são um voo inútil
no perigoso inferno do céu.

Talvez se quisesses ser apenas um homem,
com o coração pesado de Amor,
a terra te fosse mais leve.
É que apesar da morte das lágrimas,
podemos sempre ter esperança
no nascimento feliz de um sorriso
ou do embrião da felicidade.

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