Todo o Amor já teve a
sua infância, quando um dia, inesperadamente, um simples olhar nos revelou um
novo sentimento e a pessoa amada. As mãos húmidas e nervosas suando, a garganta
seca de ansiedade, o rosto vermelho ardendo de inocência e de vergonha, o
coração desesperado rebentando a socos a porta do peito, as ideias confusas e
enternecidas se desfolhando na Primavera do corpo nascendo apaixonado.
Depois, sobreveio uma
dor na alma inexplicável mas feliz. Palavras que de tão tímidas emudeciam na
angústia e na silenciosa vontade de gritar. O sonho e o desejo do primeiro
beijo roubado sem mácula e pecado. A paixão rabiscada nas carteiras das salas
de aula; escrita e desenhada em amarrotados e anónimos pedaços de papel; grafitada nos muros, nas paredes, nas ruas; esculpida nos troncos das árvores, os
corações latejantes de felicidade atravessados pela seta do Cupido, com a
declaração: “I Love You, Eu Te Amo, Amo-te, Je t’Aime, Ich Liebe Dich”.
Este é o Amor
explícito e apaixonado que vem desde o princípio da inocência do Mundo e como
um eco repercutindo na alma do tempo, chegou até ao desejo pulsante e jovem dos
nossos dias.
Mas, apesar de tudo,
um Amor que nunca se repete. Porque os sentimentos são como grãos de pó, que se
respiram no exacto lugar e momento do deserto da nossa sede de carinho. E o
pergaminho das palavras de tão sensíveis e diferentes requerem uma nova
linguagem, a língua comum e universal que precisa ser falada até ao infinito de
todos os dias, no milésimo de segundo de todas as horas: “I Love You, Eu Te Amo,
Amo-te, Je t´Aime, Ich Liebe Dich.”
Alguns comentários dos leitores/seguidores no Google +, com agradecimento.
Alguns comentários dos leitores/seguidores no Google +, com agradecimento.
Que reflexão! Obrigada...
ResponderEliminar